Solitude - EP by Assoalho de Órbita

"Solitude" - Reclusão criativa espacial da Assoalho de Órbita.

Os parcecs de distância entre os integrantes não foram obstáculo para a banda de rock instrumental/alienígena Assoalho de Órbita seguir em suas piras, composições e gravações e lançar um EP". Cada um em sua casa, gravando com o que estava à disposição, como placas de som, celulares ou mesas de som, vêm à tona duas novas canções em meio ao distanciamento social.

Em um exercício para os integrantes aprenderem a se gravar e desaprenderem a tocar juntos para compor, "Solitude" é o primeiro EP da Assoalho de Órbita. Com tudo gravado em casa, a mistura dos elementos ficou por conta de Bruno Philippsen, tecladista da banda e comandante do Estúdio Dom Rodolfo, de Passo Fundo - RS, que está em funcionamento somente com atividades online devido à pandemia.

O primeiro som, "Stoner UFO" poderia ser tocado em um boteco grunge alienígena da galáxia distante dos filmes de Star Wars, enquanto um alien com 10 tentáculos dança. Pianão de fundo, sintetizadores espaciais, guitarras stoner, cigarrão intergaláctico, olhares desconfiados, baixão envolvente e batera pesada, ainda que gravada com celular(!) e um gravador de mão.

Já o encerramento do EP com "Chimia de abóbora selvagem" traz um sopro Dub pra essa quarentena. Um Augustus Pablo bucólico vai fazer quem ouvir colocar seu traje espacial e ir curtir uma praia imaginária, seguindo o modelito atual e necessário. Delays, reverbs, ecos de fita guitarreantes se insinuam em meio a uma bateria cheia de espaço e um baixo malemolente, tipo um pão com chimia e nata sonoros.

Tudo começou com jams intermináveis, riffs em transe e loopings hipnotizantes. Logo, a atmosfera acabou ficando estável e disso se originaram composições e arranjos: Bruno Philippsen, Ramiro Tagliari, Télbio de Freitas e Guilherme Benck iniciaram um fluxo sonoro que mixa as mais remotas vertentes. Uma imersão em timbres e texturas instigantes e imaginativas.

Instagram